Olá meus caros monstros, como estão? Hoje eu tenho uma novidade pra vocês: uma série de entrevistas
Lua Morales é uma fotógrafa e designer de São Paulo, que também desenha e confecciona lindos acessórios, ou seja: uma artista completa. Começou a fotografar com 16 anos, e se destacou por sua abordagem diferenciada: "Sempre quis fotos mais diferentes do convencional, acho que nunca combinaria com aqueles book´s no parque, vestindo calça jeans e blusa branca" . Com uma proposta diferente e um estilo, diga-se de passagem, notável, Chemical (como ficou conhecida na internet), conquistou diversos admiradores, dentre eles essa que vos fala. Hoje ela está aqui no Fiend Club, cordialmente respondendo algumas perguntinhas sobre a vida, o universo e todas as coisas.
Ghouls: É possível perceber em muitas de suas fotografias a presença de diversos elementos sombrios. De onde vem a inspiração para essas fotos?
Lua: Acho que
é algo da minha personalidade mesmo, eu costumo ver beleza nesse
tipo de coisa mais "sombria", acho delicado e forte ao
mesmo tempo, e é algo que nunca me soou assustador, é extremamente
natural pensar na morte e em coisas que remetam a isso, o problema é
que a maioria das pessoas foge desse tipo de assunto porque tem medo,
mas pra mim é algo meio que "normal" me deparar com esse
tipo de pensamento e me inspirar nisso pra algumas fotos, é meio que
um "memento mori".
Como foi no começo da sua carreira, pra divulgar o seu trabalho?
Acho que
eu nunca pensei em estratégias para divulgar o meu trabalho, eu só
postava e a galera curtia e divulgava por si só. Esses tempos eu
comecei a tentar ser mais profissional, e isso fez com que a minha
fanpage crescesse absurdamente; Acho que é algo que tem que surgir
de maneira natural, sem você forçar pras pessoas, se elas gostarem,
ótimo! Se não gostarem, tudo bem, vou continuar fazendo (risos).
Você começou a ficar
conhecida na época do fotolog. Desde então, vem conquistando mais e mais
fãs. Isso afetou, de alguma maneira, sua vida pessoal e/ou sua visão de
mundo?
Ah, nunca
curti muito essa história de fã D: sempre tratei as pessoas como eu
gostaria de ser tratada (eu interajo o tempo todo com pessoas na
internet, e admiro muita gente também) então eu me sinto mega
desconfortável com a galera que precisa de alguém pra idolatrar,
porque queira-se ou não, você tem uma espécie de responsabilidade
com as pessoas que te seguem, e eu não sou lá um bom exemplo de
pessoa a ser seguida (risos), então fico desconfortável com
isso...Esse mundinho de ser "famoso na internet" é algo
super delicado e falso, por isso eu acabei ficando mais fechada com o
tempo e me dedicando mais ao meu trabalho do que aos meus "fãs".
Acho que se tem algo pras pessoas admirarem é o meu trabalho e só.
Sente que seu estilo de fotografar mudou ao longo do tempo? Acha que amadureceu de alguma forma na área?
De todas as fotos que você tirou até hoje, tem alguma favorita? (ou algumas)
Eu acho
que o terceiro ensaio que fiz com a Marimoon (Dark Mirror) é um dos
melhores que eu já fiz, porque ele ficou exatamente como eu havia
imaginado (e isso é mega difícil).
Marimoon em Dark Mirror. Você pode ver a sessão completa aqui. |
Gosta de filmes/séries/animes/jogos de terror? Quais?
Siiim!
Não sei se o tipo de coisa que eu gosto pode ser considerado de
"terror", mas eu curto muito esse tipo de referência. Vou
escolher um de cada um, porque a lista é grande. Filme: Entrevista
com o vampiro, série: Hannibal, anime: acho que Another, e jogo:
Silent Hill. Acho que dá pra ter uma noção do que eu curto
(risos), é algo mais sutil do que "terror trash" mas ainda
assim é sombrio.
Já leu algum livro que tenha
influenciado sua maneira de ver as coisas, em outras palavras, algum
livro já foi capaz de provocar algum mudança em você?
Quando eu
era bem pequena, eu li "O espelho no espelho" do Michael
Ende, eu achei esse livro tão especial, apesar de ser super
diferente, acho que ele me influenciou bastante.
Se alguém pudesse te conhecer através de uma música, qual seria?
Acho que a maioria das músicas do Emery são uma boa descrição do que eu penso (risos).
Acho que a maioria das músicas do Emery são uma boa descrição do que eu penso (risos).
Uma das músicas da Emery, indicada pela Lua: From Crib to Coffin |
Pra finalizar, tem algum projeto fotográfico em mente, que possa falar um pouco sobre?
Eu tenho
um milhão de projetos, não sei nem por onde começar a contar.
E é isso, pessoal. Espero que gostem dessa entrevista tanto quanto eu gostei. Agradeço, novamente, à Lua por ter separado um pouco do seu tempo pra responder essas perguntas e por ser essa pessoa tão simpática e admirável. Vocês vão poder encontrar mais do trabalho dela nos links abaixo:
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